Ontem pude assistir o segundo jogo da Seleção Francesa na Copa do Mundo. Por ter outros compromissos, acabei não conseguindo acompanhar o 1 a 0 diante do Peru ao vivo e tive que me contentar com o VT do jogo. A percepção quando você assiste uma partida na qual você já sabe o resultado final é diferente. Você consegue interpretar o jogo de uma maneira, digamos, mais analítica e menos efusiva. E ontem pude perceber algumas diferenças no time de Didier Deschamps.
A começar pelas laterais. Hernandéz e Pavard foram titulares novamente, mas, desta vez, não fizeram uma partida ruim. Parece que aquele “medo” da estreia de Copa passou e os meninos tiveram uma atuação, no mínimo, “ok”. Diferentemente do jogo contra a Austrália que foi puramente físico, a França desta vez teve um duelo um pouco mais tático, com exceção do lateral direito peruano, Advíncula, que correu o jogo todo sem parar e poderia ter sido uma ótima arma para Gareca.
Mas não aconteceu. Deschamps conseguiu neutralizar isso quando decidiu sacar Tolisso do time e entrar com Matuidi, que deu um suporte dos mais interessantes para Hernandéz ali naquele setor e praticamente extinguiu qualquer perigo vindo dos peruanos. Também gostei da entrada de Giroud – que foi um nome que pedi aqui no blog na postagem anterior. O time precisa dele. Mesmo que tenha tido poucas oportunidades de gol, ele é um jogador que incomoda a defesa, chama a marcação e consegue preparar o terreno para os deslocamentos dos jogadores mais velozes, como Mbappé e Griezmann. É primordial ter um atacante como ele servindo ao ataque.
Reservo também um parágrafo apenas para falar de Mbappé, que apesar de ter sido o mais arisco do elenco, na minha opinião, ainda não conseguiu achar sua verdadeira posição dentro do campo nesta Copa. No primeiro tempo, vimos ele muito recuado, inclusive. Em duas oportunidades apareceu até mesmo atrás do meio de campo para puxar a saída de bola do time. Um jogador com a qualidade dele não pode ficar tão distante assim do gol. Ele precisa jogar aberto ou mesmo como um segundo atacante, esta segunda é geralmente feita pelo Griezmann num eventual 4-4-2. Só assim ele poderia mostrar todo seu talento ofensivo, que não é pequeno.